O medo que custa caro!

Nesses mais de 10 anos fazendo manutenção de equipamentos de limpeza institucional, deparei-me por diversas vezes com situações de equipamentos novos que estão sempre dando defeito. Isso pode ser simplesmente treinamento inadequado do operador no momento da entrega técnica ou ainda MEDO de operar o equipamento.

Geralmente começa assim:

A assistência técnica é chamada para atender ao chamado de garantia e ao avaliar o equipamento o técnico verifica que não há nada de errado com a máquina. Pouco tempo depois um novo chamado é aberto, aparentemente o defeito é o mesmo, defeito esse que não foi constatado na visita anterior e agora também não foi achado. O equipamento parece que sequer saiu do lugar. Começa então um jogo de empurra-empurra para ver de quem é a responsabilidade.

A fábrica ou a revenda alega que a culpa é do operador. Esse sem saber ao certo como agir, se restringe a dizer que o equipamento não funciona e aqui está um dos primeiros pontos a serem verificados. O operador deve ser questionado sobre qual defeito o equipamentos está apresentando, se não for capaz de explicar, provavelmente estamos diante de alguém que está com medo de operar a máquina.

Após verificado que existe MEDO por parte do operador em usar o equipamento, um novo treinamento deve ser marcado o mais urgentemente possível. Quando não sanamos esse tipo de problema rapidamente, o desespero da pessoa pode levá-la a tomar atitudes impensadas e até mesmo inconsequentes. A foto abaixo foi tirada após a desmontagem completa do tanque de água limpa de uma lavadora de piso nova, quase um dia inteiro de trabalho para resolver. A operadora insegura por não saber operar a máquina, ao ser pressionada pela chefia para que lavasse o galpão com o equipamento, optou por obstruir a saída da água limpa jogando um pano dentro do tanque. Assim não teria de usá-la.

A colaboradora foi chamada para uma conversa onde expôs seus sentimentos quanto a não saber utilizar a máquina. A mesma foi devidamente treinada e capacitada e em pouco tempo se desenvolveu muito na função.

Em resumo, sempre que as quebras forem constantes, principalmente quando estamos falando de equipamentos novos,

vale analisar a situação com um olhar mais apurado e reavaliar o processo de treinamento.

Agora bora tomar um café.